Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 20 de 51
Filtrar
1.
Rev. bras. enferm ; 75(2): e20210128, 2022. tab
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS, BDENF | ID: biblio-1341089

RESUMO

ABSTRACT Objective: to describe the profile of nursing diagnoses evidenced in indigenous elderly in the community. Methods: this is a cross-sectional study, carried out with 51 indigenous elderly people of Potiguara ethnicity, through a nursing consultation. The clinical data, obtained from the consultation, were analyzed following Risner's diagnostic reasoning process and the NANDA-I Taxonomy (2018-2020). For greater accuracy, the diagnoses obtained underwent peer review by a specialist. Results: 37 diagnoses were identified, such as Impaired dentition (98.0%), Risk for impaired skin integrity (66.7%), Chronic pain (64.7%), Risk for deficient fluid volume (54.9%), Impaired swallowing (45.1%), Impaired walking (45.1%), Disturbed sleep pattern (43.1%), Stress urinary incontinence (41.2%), Risk for falls (35.3%), and Sexual dysfunction (33.3%). Conclusion: the diagnoses identified were predominantly from Safety/protection domain and result from factors that negatively influence indigenous elderly's functional capacity.


RESUMEN Objetivo: describir el perfil de los diagnósticos de enfermería evidenciados en ancianos indígenas de la comunidad. Métodos se trata de un estudio transversal, realizado con 51 ancianos indígenas de la etnia Potiguara, mediante consulta de enfermería. Los datos clínicos, obtenidos de la consulta, fueron analizados siguiendo el proceso de razonamiento diagnóstico de Risner y la Taxonomía NANDA-I (2018-2020). Para mayor precisión, los diagnósticos obtenidos se sometieron a una revisión por pares por parte de un especialista. Resultados: se identificaron 37 diagnósticos, entre ellos, Alteración de la dentición (98,0%), Riesgo de alteración de la integridad de la piel (66,7%), Dolor crónico (64,7%), Riesgo de deficiencia de volumen de líquido (54,9%), Alteración de la deglución (45,1%), Deterioro de la marcha (45,1%), Alteración del patrón de sueño (43,1%), Incontinencia urinaria de esfuerzo (41,2%), Riesgo de caídas (35,3%) y Disfunción sexual (33,3%). Conclusión: los diagnósticos identificados fueron predominantemente del dominio Seguridad/protección y resultan de factores que influyen negativamente en la capacidad funcional de los ancianos indígenas.


RESUMO Objetivo: descrever o perfil dos diagnósticos de enfermagem evidenciados em idosos indígenas na comunidade. Métodos: trata-se de um estudo transversal, realizado com 51 idosos indígenas de etnia Potiguara, mediante consulta de enfermagem. Os dados clínicos, obtidos a partir da consulta, foram analisados seguindo o processo de raciocínio diagnóstico de Risner e a Taxonomia da NANDA-I (2018-2020). Para maior acurácia, os diagnósticos obtidos passaram por revisão pareada por especialista. Resultados: identificaram-se 37 diagnósticos, dentre eles, Dentição prejudicada (98,0%), Risco de integridade da pele prejudicada (66,7%), Dor crônica (64,7%), Risco de volume de líquido deficiente (54,9%), Deglutição prejudicada (45,1%), Deambulação prejudicada (45,1%), Distúrbio no padrão de sono (43,1%), Incontinência urinária de esforço (41,2%), Risco de quedas (35,3%) e Disfunção sexual (33,3%). Conclusão: os diagnósticos identificados foram predominantemente do domínio Segurança/proteção e resultam de fatores que influenciam negativamente a capacidade funcional do idoso indígena.

2.
Rev. cienc. salud (Bogotá) ; 19(2): 1-22, mayo-ago. 2021. graf
Artigo em Espanhol | LILACS | ID: biblio-1357202

RESUMO

Resumen Introducción: la desnutrición infantil es un problema de salud pública que afecta la supervivencia de algunas comunidades indígenas. Varios estudios la han abordado desde la visión biomédica, pero son pocos desde la mirada de dichas comunidades. El objetivo de este artículo es comprender las perspecti vas comunitarias relacionadas con la desnutrición en niños de 0 a 7 años de edad en las comunidades wayúus de Taiguaicat, Pañarrer y Limunaka del resguardo Manaure (La Guajira, Colombia). Desarrollo: se realizó un estudio cualitativo como parte de una investigación participativa basada en la comunidad. Se llevaron a cabo 21 entrevistas semiestructuradas, 3 foros comunitarios y un ejercicio de fotovoz con 12 participantes. Se analizó la información con herramientas analíticas de la teoría fundamentada. Los hallazgos alrededor de las perspectivas comunitarias de la desnutrición infantil se agruparon en dos categorías analíticas: a) las prácticas arijunas (o las realizadas por los que no son indígenas), de la pér dida de lo ancestral a la enfermedad del hambre, y b) la enfermedad del hambre: su relación con la ali mentación del binomio madre-hijo, durante la gestación y después de esta. Conclusiones: la desnutrición infantil en los wayúus es un fenómeno complejo e histórico, con un trasfondo de desigualdades sociales y de estructuras de poder injustas. De acuerdo con los participantes, la supervivencia de la niñez wayúu está siendo amenazada por la desnutrición, la cual afecta principalmente al binomio madre-hijo, ocasio nada por el poco acceso y disponibilidad a los alimentos, por las inadecuadas prácticas occidentales en el territorio y por la pérdida de las prácticas tradicionales como la siembra y el pastoreo.


Abstract Introduction: Child malnutrition is a public health problem that has affected the survival of some indige nous communities. Several studies have approached it from the biomedical perspective, although only a few have analyzed it from these communities' perspective. The objective of the present article is to under stand the community perspectives related to malnutrition in children aged 0-7 years in the Wayuu commu nities of Taiguaicat, Pañarrer, and Limunaka del Resguardo Manaure, La Guajira, Colombia. Development: A qualitative study was performed. Additionally, as a part of a participatory community-based research, 21 semi-structured interviews, 3 community forums, and a photovoice exercise were performed with 12 participants. The information was analyzed with analytical tools of the grounded theory. The findings around the community perspectives of child malnutrition were grouped into two analytical categories: (a) the Arijuna practices (or those carried out by non-indigenous people), from the loss of the ancestral to the disease of hunger, and (b) the disease of hunger and its relationship with the feeding of the moth er-child binomial during and after pregnancy. Conclusions: Child malnutrition in the Wayuu is a complex historical phenomenon, with a background of social inequalities and unjust power structures. According to the participants' responses, the survival of Wayuu children is threatened by malnutrition, which mainly affects the mother-child relationship caused by poor access to food and its limited availability, inadequate western practices in the territory, and the loss of traditional practices, such as planting and grazing.


Resumo Introdução: a desnutrição infantil é um problema de saúde pública que afeta a sobrevivência de algumas comunidades indígenas. Vários estudos têm abordado o tema a partir da perspectiva biomédica, mas pou cos são os estudos baseados na perspectiva dessas comunidades. O objetivo deste artigo é compreender as perspectivas da comunidade em relação à desnutrição em crianças de 0 a 7 anos nas comunidades Wayuu de Taiguaicat, Pañarrer e Limunaka del Resguardo Manaure, em La Guajira, na Colômbia. Desenvolvimento: foi realizado um estudo qualitativo no âmbito de uma pesquisa participativa de base comunitária, foram realizadas 21 entrevistas semiestruturadas, 3 fóruns comunitários e um exercício de fotovoz com 12 par ticipantes. As informações foram analisadas com ferramentas analíticas da Teoria Fundamentada. As des cobertas em torno das perspectivas da comunidade sobre a desnutrição infantil foram agrupadas em duas categorias analíticas: a) as práticas arijunas, da perda do ancestral à doença da fome, e b) a doença da fome: sua relação com a alimentação do binômio mãe-filho, durante e após a gestação. Conclusões: a desnutrição infantil nos wayuu é um fenômeno complexo e histórico, com um pano de fundo de desigualdades sociais e estruturas de poder injustas. Segundo os participantes, a sobrevivência das crianças wayuu está sendo ameaçada pela desnutrição, que atinge principalmente o binômio mãe-filho, causada pelo pouco acesso e disponibilidade de alimentos, pelas práticas ocidentais inadequadas no território e pela perda de práticas tradicionais como a semeadura e o pastejo.


Assuntos
Humanos , Recém-Nascido , Lactente , Pré-Escolar , Criança , Transtornos da Nutrição Infantil , Grupos Populacionais , Colômbia , Desnutrição , Nutrição Materna , Povos Indígenas , Abastecimento de Alimentos , Aculturação
3.
Cad. saúde colet., (Rio J.) ; 29(spe): 177-186, 2021. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1364649

RESUMO

Resumo Introdução Os indígenas apresentam expressivas vulnerabilidades socioeconômicas e epidemiológicas em comparação aos não indígenas. Quase metade da população indígena residente em áreas urbanas estava na Amazônia Legal em 2010 (46,8%). Objetivo Analisar a infraestrutura relacionada ao saneamento básico de domicílios urbanos dentro e fora da Amazônia Legal, com foco nos indígenas. Método Artigo descritivo sobre as condições de saneamento básico dos domicílios com responsáveis indígenas e não indígenas, realizado a partir de dados do Censo Demográfico 2010. Foram calculadas as frequências para abastecimento de água, esgotamento sanitário e destino do lixo segundo a localização na Amazônia Legal. As magnitudes das ocorrências foram analisadas por meio de razões de prevalência. Resultados No Brasil, 114 mil domicílios urbanos eram indígenas, dos quais 17,4% eram localizados na Amazônia Legal. Na região, 6 em cada 10 domicílios não possuíam tratamento de esgoto adequado. Os domicílios indígenas apresentaram chances mais elevadas de ter saneamento básico precário. Na Amazônia, a chance de domicílios indígenas não possuírem instalações sanitárias adequadas foi o dobro daquela observada para os demais domicílios. Conclusão Mesmo em situações em que os contingentes populacionais eram mais expressivos, os indígenas apresentavam notórias desigualdades em relação ao restante da população.


Abstract Background In Brazil, the indigenous population presents the highest socioeconomic and epidemiological vulnerabilities. In 2010, 46.8% of the urban indigenous population lived in the Legal Amazon socio-geographic division. Objective To analyze the basic sanitation infrastructure of urban dwellings inside and outside the Legal Amazon with a focus on indigenous people. Method Descriptive study on the basic sanitation conditions of households whose heads were indigenous and non-indigenous individuals according to the 2010 Brazilian Census. Frequencies were calculated for water supply, sanitary sewage, and waste destination according to location in the Legal Amazon. Prevalence ratios were calculated to compare the groups. Results In 2010, there were 114,600 urban indigenous domiciles in Brazil, and 17.4% of them were located in the Legal Amazon. Six out of 10 urban indigenous domiciles did not have adequate sewage treatment. Indigenous domiciles had higher chances of having precarious basic sanitation. In the Legal Amazon, indigenous domiciles presented a 2-fold chance of not having adequate sanitation facilities compared with that of other domiciles. Conclusion Even in situations where the population groups are more expressive, indigenous people present important inequalities in relation to the rest of the population.

4.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 25(10): 3753-3763, Out. 2020. tab
Artigo em Inglês, Português | LILACS, ColecionaSUS, SES-SP | ID: biblio-1133016

RESUMO

Resumo Este estudo apresenta uma comparação entre domicílios indígenas e não indígenas no tocante à presença de infraestrutura de saneamento básico em áreas urbanas e rurais do Brasil a partir dos dados dos Censos de 2000 e 2010. As análises se basearam em estatísticas descritivas e modelos de Regressões Logísticas Múltiplas (RLM). Os resultados indicam o aumento da presença dos serviços analisados nos domicílios brasileiros ao longo da década. Não obstante, domicílios indígenas apresentaram piores condições sanitárias em 2010. Esgotamento sanitário foi o serviço mais precário registrado em ambos os Censos, com ocorrência ainda menos pronunciada nos domicílios indígenas. Os modelos de RLM confirmaram os resultados descritivos, no sentido de que os domicílios indígenas apresentaram piores condições quanto à presença de serviços de saneamento básico. Observou-se que, em algumas áreas, como o Norte urbano, Sudeste urbano e Centro-Oeste rural, houve o aumento das desigualdades entre domicílios indígenas e não indígenas de 2000 para 2010. O presente estudo não apenas aponta para condições de saneamento menos adequadas em domicílios indígenas no Brasil, como também evidencia a persistência de expressivas desigualdades associadas à cor ou raça.


Abstract This study compares the availability of basic sanitation infrastructure in indigenous and nonindigenous household located in urban and rural areas using data from the 2000 and 2010 Brazilian National Censuses. The analyses were based on descriptive statistics and modelling with multiple logistic regression. While there was an increase in the availability of basic sanitation in Brazilian households over the decade, indigenous households continued to have worse conditions in 2010. Sewage was the sanitation service with the lowest coverage in both censuses, and indigenous households had a lower rate of sewage services than nonindigenous households did. Logistic regression results confirmed the findings of the descriptive analyses, attesting to the fact that sanitation conditions are worse in indigenous households. In some areas, such as the urban North and Southeast and rural areas of the Central-West region, the gap in basic sanitation infrastructure between indigenous and nonindigenous households increased from 2000 to 2010. This study not only indicates the less-adequate sanitation conditions in indigenous households in Brazil but also attests to the persistence of major inequalities associated with race or color in the country.


Assuntos
Humanos , Saneamento , Censos , Fatores Socioeconômicos , Brasil , Características da Família , Grupos Populacionais
5.
Rev. cienc. salud (Bogotá) ; 18(1): 152-168, ene.-mar. 2020. tab
Artigo em Espanhol | LILACS, COLNAL | ID: biblio-1115536

RESUMO

Resumen Introducción: a más de dos décadas de la introducción del concepto de salud intercultural en América Latina, su definición no está clara, pues ha adquirido diferentes significados dependiendo de su uso. Existen tensiones entre la tendencia a reducir la salud intercultural a la conciliación entre la biomedicina y la medicina indígena, y una perspectiva crítica que hace visible las inequidades entre ambas. Este estudio tuvo por objetivo comprender el concepto de salud intercultural, desde la visión de dos comunidades mapuche que han implementado programas de salud intercultural y que mantienen acciones de reivindicación de derechos indígenas. Desarrollo: se realizo un estudio cualitativo. Los datos se recogieron mediante entrevistas semiestructuradas a usuarios mapuche, profesionales de salud, facilitadores interculturales e informantes clave de las comunas de Canete y Tirúa. Esta información se analizó mediante un análisis temático. Los hallazgos acerca de la visión de la salud intercultural se agruparon en cuatro temas: atender las necesidades de salud más urgentes de la comunidad; respetar al usuario y su cultura; respetar el sistema de salud indígena; y respetar los derechos colectivos del pueblo mapuche. Conclusiones: la salud intercultural se considera un enfoque que debe asegurar la atención de calidad, la participación de la comunidad y el respeto a la salud tradicional. En esta, los derechos de los pueblos indígenas son la piedra angular. En un contexto marcado por la inequidad y la discriminación hacia los pueblos indígenas, la complementariedad entre sistemas médicos no es un tema prioritario.


Abstract Introduction: More than two decades after the introduction of the concept intercultural health in Latin America, its definition is not clear, as it has acquired different meanings depending on its use. There are tensions between the tendency to reduce intercultural health to the conciliation between biomedicine and indigenous medicine, and a critical perspective that makes visible the inequalities between the two. The aim of this study was to understand the concept of intercultural health from the perspec tive of two Mapuche communities that have implemented intercultural health programs that maintain actions to claim indigenous rights. Content: This is a qualitative study. The data were collected through semi-structured interviews with Mapuche users, health professionals, intercultural facilitators, and key informants in the cities of Canete and Tirúa. This information was analyzed through thematic analysis. The findings on the vision of intercultural health were grouped into four themes: addressing the most urgent health needs of the community, respecting the user and their culture, respecting the indigenous health system, and respecting the collective rights of the Mapuche people. Conclusions: Intercultural health is seen as an approach that must ensure quality care, community participation, and respect for traditional health, in which the rights of indigenous peoples are the cornerstone. In a context marked by inequality and discrimination against indigenous peoples, complementarity between medical systems is not a priority issue.


Resumo Introdução: depois de mais de duas décadas da introdução do conceito de saúde intercultural na América Latina, sua definição não está clara, pois têm adquirido diferentes significados dependendo de seu uso. Existem tensões entre a tendência a reduzir a saúde intercultural à conciliação entre a biomedicina e a medicina indígena, e uma perspectiva crítica que faz visível as inquietudes entre ambas as duas. Este estudo teve por objetivo compreender o conceito de saúde intercultural, desde a visão de duas comunida des mapuche que têm implementado programas de saúde intercultural e que mantém ações de reivindi cação de direitos indígenas. Desenvolvimento: se realizou um estudo qualitativo. Os dados se recolheram através de entrevistas semiestruturadas a usuários mapuche, profissionais de saúde, facilitadores inter-culturais e informantes chave das comunas de Canete e Tirúa. Esta informação foi analisada através de análise temática. Os resultados acerca da visão da saúde intercultural agruparam-se em quatro temas: atender as necessidades de saúde mais urgentes da comunidade, respeitar ao usuário e sua cultura, res peitar o sistema de saúde indígena e respeitar os direitos coletivos do povo mapuche. Conclusões: a saúde intercultural é vista como um enfoque que deve assegurar a atenção de qualidade, a participação da comunidade e o respeito à saúde tradicional, onde os direitos dos povos indígenas são a pedra angular. Em um contexto marado pela inequidade e a discriminação para os povos indígenas, a complementariedade entre sistemas médicos não é um tema prioritário.


Assuntos
Humanos , Assistência à Saúde Culturalmente Competente , Saúde de Populações Indígenas , Política de Saúde , Direitos Humanos
6.
Rev. eletrônica enferm ; 22: 1-8, 2020. tab, graf
Artigo em Inglês, Português | BDENF, LILACS | ID: biblio-1139939

RESUMO

Objetivo: Analisar o perfil de mortalidade infantil indígena. Método: Estudo epidemiológico, transversal realizado com 254 óbitos em crianças indígenas menores de um ano, notificadas ao Sistema de Informação da Atenção à Saúde Indígena, no estado do Pará, no período de 2013 a 2018. Resultados: Identificou-se proporção maior de óbitos em crianças do sexo masculino (53,9%; n=137), nas etnias Kaiapó (38,2%; n=97), Munduruku (27,6%; n=70) e Xicrim (13,8%; n=35). Os óbitos ocorreram nos hospitais (53,9%; n=137), e nos domicílios (24%; n=61), e as principais causas foram: as afecções perinatais (27,2%; n=69); as doenças do aparelho respiratório (18,9%; n=48), doenças infecciosas e parasitárias (15,7%; n=40). Conclusão: A mortalidade infantil indígena é mais elevada em algumas etnias, o que favorece ações de enfrentamento naquelas mais acometidas. É necessário a valorização da cultura indígena e o reconhecimento dos problemas socioeconômicos a serem contemplados num plano de ação para redução desse indicador.


Objective: To analyze the profile of indigenous infant mortality. Method: Cross-sectional epidemiological study conducted with 254 deaths in indigenous children under one year of age, notified to the Indigenous Health Care Information System, in the state of Pará, from 2013 to 2018. Results: A higher proportion of deaths in male children (53.9%; n=137), Kaiapó (38.2%; n=97), Munduruku (27.6%; n=70) and Xicrim (13.8%; n=35) were identified. The deaths occurred in hospitals (53.9%; n=137), and in homes (24%; n=61), and the main causes were: perinatal diseases (27.2%; n=69); respiratory system diseases (18.9%; n=48), infectious and parasitic diseases (15.7%; n=40). Conclusion: The indigenous infant mortality is higher in some ethnicities, which favors actions of confrontation in those more affected. It is necessary to value the indigenous culture and recognize the socioeconomic problems to be contemplated in an action plan to reduce this indicator.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Recém-Nascido , Lactente , Mortalidade Infantil/etnologia , Epidemiologia , Povos Indígenas
7.
Investig. andin ; 21(39)dic. 2019.
Artigo em Espanhol | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1550400

RESUMO

Introducción: Tal como sucede a nivel mundial, en Colombia las malformaciones congénitas son causas importantes de mortalidad infantil, enfermedad crónica y discapacidad. Las poblaciones indígenas de Colombia no cuentan con estudios definidos a este respecto, por lo cual la presente investigación se desarrolla en la zona indígena. Objetivo general: Caracterizar las anomalías congénitas de los indígenas Embera- Chamí residentes en los resguardos del municipio de Riosucio, Caldas, entre los años 2007 y 2012. Métodos: Estudio descriptivo, retrospectivo, aplicado a 125 nacidos vivos con anomalías congénitas. Se aplicó el formato especializado de Instituto Nacional de Salud (INS) de Colombia y para el análisis de variables se utilizó el paquete estadístico SPSS. Resultados: De 3.382 nacimientos el 3,7% (125) presentó anomalías congénitas. Se encuentra una asociación entre la edad de la madre y la presencia de anomalías congénitas. En el 87,2% de los casos fueron con edad gestacional de término. Las anomalías más frecuentes fueron: displasia de cadera, criptorquidia, malformaciones cardiovasculares, pie equino e hidrocefalia. Conclusiones: Se encuentra una incidencia de anomalías congénitas en la población indígena de los Embera-Chamí de Riosucio, Caldas, mayor que para el promedio de la población general en Colombia.


Introduction: As it happens worldwide, in Colombia, congenital malformations are important causes of child mortality, chronic disease and disabilities. Given that indigenous populations in Colombia do not count with specific research about this topic, this work is developed in an indigenous area. Objective: To characterize congenital abnormalities in Embera-Chamí indigenous people who live in the reservations of Riosucio, Caldas, between 2007 and 2012. Method: Descriptive and retrospective study applied on 125 newborns who had congenital malformations. We used the specialized format from Colombia's National Health Institute and we used SPSS to analyze the variables. Results: Out of 3.382 births, a 3.7% (125) had congenital malformations. We associated the age of the mother with the presence of said malformations. 87.2% of cases had term gestational age. Most frequent malformations were: hip dysplasia, cryptorchidism, cardiovascular malformations, clubfoot and hydrocephaly. Conclusions: There is a higher incidence of congenital malformations in the Embera-Chamí people, compared to the average of general population in Colombia.


Introdução: assim como acontece em outros países, na Colômbia, as más-formações congênitas são causas importantes de mortalidade infantil, doença crônica e deficiência. As populações indígenas colombianas não contam com estudos definidos sobre isso, portanto esta pesquisa é desenvolvida na zona indígena. Objetivo geral: caracterizar as anomalias congênitas dos indígenas Embera-Chamí residentes nas reservas do município de Riosucio, Caldas, entre 2007 e 2012. Métodos: estudo descritivo, retrospectivo, aplicado a 125 nascidos vivos com anomalias congênitas. Foi aplicado o formulário especializado do Instituto Nacional de Saúde da Colômbia; para a análise de variáveis, foi utilizado o pacote estatístico SPSS. Resultados: de 3.382 nascimentos, 3,7% (125) apresentaram anomalias congênitas. Verifica-se uma associação entre a idade da mãe e a presença de anomalias congênitas. Em 87,2% dos casos foram com idade gestacional de termo. As anomalias mais frequentes foram: displasia do quadril, criptorquidia, más-formações cardiovasculares, pé equino e hidrocefalia. Conclusoes: constata-se uma incidência de anomalias congênitas na população indígena dos Embera-Chamí de Riosucio, Caldas, maior que para a média da população geral na Colômbia.

8.
Rev. Bras. Saúde Mater. Infant. (Online) ; 19(1): 7-23, Jan.-Mar. 2019. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1013120

RESUMO

Abstract Objectives: we aimed to identify etiological factors for low birth weight (LBW), prematurity and intrauterine growth restriction (IUGR) in the Indigenous Population. Methods: for this systematic review, publications were searched in Medline/PubMed, Scopus, Web of Science, and Lilacs until April 2018. The description in this review was based on the PRISMA guideline (Study protocol CRD42016051145, registered in the Centre for Reviews and Dissemination at University of York). We included original studies that reported any risk factor for one of the outcomes in the Indigenous Population. Two of the authors searched independently for papers and the disagreements were solved by a third reviewer Results: twenty-four studies were identified, most of them were from the USA, Canada and Australia. The factors associated were similar to the ones observed in the non-indigenous including unfavorable obstetric conditions, maternal malnutrition, smoking, and maternal age at the extremes of childbearing age, besides environmental factors, geographic location, and access to health care in indigenous communities. Conclusions: etiologic factors for LBW in Indigenous Population have been receiving little attention, especially in Latin America. The three outcomes showed common causes related to poverty and limited access to healthcare. New studies should ensure explicit criteria for ethnicity, quality on the information about gestational age, and the investigation on contextual and culture-specific variables.


Resumo Objetivos: identificar fatores etiológicos para o baixo peso ao nascer (BPN), prematuridade e crescimento intrauterino restrito (CIUR) em povos indígenas. Métodos: revisão sistemática, com pesquisa nas bases Medline/PubMed, Scopus, Web of Science e Lilacs de publicações até abril de 2018. A descrição dessa revisão baseou-se na diretriz PRISMA (Protocolo de estudo CRD42016051145, registrado no Center for Reviews and Dissemination, da Universidade de York). Incluímos estudos originais que relatavam fatores de risco para algum dos três desfechos em Populações Indígenas. Dois autores fizeram buscas independentes e as discordâncias foram solucionadas por um terceiro revisor. Resultados: vinte e quatro estudos foram identificados, a maioria deles nos EUA, Canadá e Austrália. Os fatores associados foram semelhantes aos observados nos não indígenas, incluindo condições obstétricas desfavoráveis, desnutrição materna, tabagismo e idade materna nos extremos da idade fértil, além de fatores ambientais, localização geográfica e acesso aos serviços de saúde nas comunidades indígenas. Conclusões: os fatores etiológicos para BPN em povos indígenas receberam pouca atenção, especialmente na América Latina. Os três desfechos apresentaram causas comuns relacionadas à pobreza e acesso limitado aos serviços de saúde. Novos estudos devem garantir critérios explícitos para a classificação da etnia, qualidade da informação sobre a idade gestacional e a investigação de variáveis contextuais e culturais dos grupos estudados.


Assuntos
Humanos , Recém-Nascido de Baixo Peso , Saúde de Populações Indígenas , Retardo do Crescimento Fetal , Pobreza , Recém-Nascido Prematuro , Disparidades nos Níveis de Saúde , Acesso aos Serviços de Saúde
9.
Rev. bras. enferm ; 72(1): 57-63, Jan.-Feb. 2019. tab, graf
Artigo em Português | LILACS, BDENF | ID: biblio-990670

RESUMO

RESUMO Objetivo: Analisar a mortalidade infantil de indígenas e não indígenas nas microrregiões do Brasil. Método: Os dados são oriundos do Censo Demográfico 2010 e do Sistema de Informações sobre Mortalidade. Taxas e proporções caracterizaram a mortalidade infantil nas 558 microrregiões existentes em 2010. Resultados: No Brasil, crianças indígenas apresentaram elevados riscos de morrer antes de completarem um ano de idade (60% maior em relação às não indígenas), sendo mais expressivo nas microrregiões com população indígena inferior a 1%. A cada 10 óbitos infantis indígenas, sete eram crianças com mais de um mês de vida acometidas por doenças infecciosas. Conclusão: Os óbitos infantis indígenas são, de modo geral, evitáveis através da realização de intervenções no âmbito da Atenção Primária à Saúde. Há importantes diferenças nos níveis de mortalidade infantil entre indígenas e não indígenas, inclusive nos contextos geográficos onde se fazem presentes maiores contingentes de indígenas.


ABSTRACT Objective: To compare infant mortality rates of indigenous and non-indigenous children according to microregions in Brazil. Method: The study was based on data from the 2010 Population Census and from the Mortality Information System. Rates and proportions were calculated using data from 558 microregions. Results: Indigenous children presented a higher risk of dying before completing one year of age (60% higher compared to non-indigenous), and rates were higher in microregions with < 1% of indigenous population. Seven out of 10 deaths were in children over one month of age and were mostly caused by infectious diseases. Conclusion: In general, indigenous children die mostly due to preventable causes. The study shows that there are important differences in the levels of infant mortality between indigenous and non-indigenous children in Brazil, even in geographical areas with increased presence of indigenous population.


RESUMEN Objetivo: Analizar la mortalidad infantil de indígenas y no indígenas en las microrregiones de Brasil. Método: Los datos provienen del Censo Demográfico del 2010 y del Sistema de Información acerca de la Mortalidad. Las tasas y proporciones caracterizan la mortalidad infantil en las 558 microrregiones existentes en el 2010. Resultados: Los niños indígenas presentaron elevado riesgo de morir antes de cumplir un año de edad (un 60 % superior respecto a los no indígenas), y es más expresivo en las microrregiones con población indígena inferior al 1 %. Siete de cada 10 óbitos infantiles indígenas fueron de niños con más de un mes de vida, víctimas de enfermedades infecciosas. Conclusión Los óbitos infantiles indígenas, de modo general, podrían ser evitados por intervenciones en el ámbito da Atención Primaria a la Salud. Los niveles de mortalidad entre los indígenas y no indígenas se mantienen incluso en contextos geográficos con los mayores contingentes de población indígena.


Assuntos
Humanos , Recém-Nascido , Lactente , Índios Sul-Americanos/estatística & dados numéricos , Mortalidade Infantil/etnologia , Brasil/etnologia , Índios Sul-Americanos/etnologia , Mortalidade Infantil/tendências
10.
Epidemiol. serv. saúde ; 28(2): e2018003, 2019. tab, graf
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1012076

RESUMO

Objetivo: descrever as mortes de mulheres em idade reprodutiva e materna entre indígenas do estado de Pernambuco, Brasil, no período de 2006 a 2012. Métodos: trata-se de um estudo descritivo, realizado a partir de linkage entre o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e seu módulo de investigação (SIM-Web); as causas de morte foram consideradas de acordo com a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde - 10a Revisão (CID-10). Resultados: obteve-se um banco de dados composto por 115 registros, dos quais apenas 58,3% foram informados no SIM como indígenas; as principais causas de óbito foram doenças do aparelho circulatório (27,0%), causas externas (14,8%), neoplasias (13,0%) e causas maternas (8,7%). Conclusão: houve sub-registro das mortes de mulheres indígenas em idade reprodutiva; as doenças do aparelho circulatório foram as principais causas desses óbitos, embora as mortes maternas ainda representem importante causa de óbito na população estudada.


Objetivo: describir las muertes de mujeres en edad fértil y materna entre indígenas del estado de Pernambuco, Brasil, en el periodo de 2006 a 2012. Métodos: se trata de un estudio descriptivo realizado a partir del linkage entre el Sistema de Informaciones sobre Mortalidad (SIM) y su módulo de investigación (SIM-Web). Resultados: las causas de muertes fueron consideradas según la Clasificación Estadística Internacional de Enfermedades y Problemas Relacionados a la Salud - 10a Revisión (CID-10); se obtuvo un banco compuesto por 115 registros, de los cuales 58,3% fueran informados al SIM como indígenas; las principales causas de óbito fueron enfermedades del aparato circulatorio (27,0%), causas externas (14,8%), neoplasias (13,0%) y causas maternas (8,7%). Conclusión: hubo subregistro de las muertes de mujeres indígenas en edad fértil; las principales causas de esas muertes fueron las enfermedades del aparato circulatorio, aunque las muertes maternas todavía representen importante causa de óbito en la población estudiada.


Objective: to describe maternal deaths and deaths of women of childbearing age in the indigenous population in the state of Pernambuco, Brazil, from 2006 to 2012. Method: this is a descriptive study based on linkage of data from the Mortality Information System (SIM) and its investigation module (SIM-Web); causes of death were considered in accordance with the International Statistical Classification of Diseases and Health Related Problems - 10th Revision (ICD-10). Results: linkage provided a database comprised of 115 records, of which only 58.3% were recorded on SIM as indigenous; the main causes of death were diseases of the circulatory system (27.0%), external causes (14.8%), neoplasms (13.0%), and maternal factors (8.7%). Conclusion: deaths of indigenous women of childbearing age were underreported; the main cause of these deaths were diseases of the circulatory system, although maternal deaths still represent an important cause of death in the population studied.


Assuntos
Humanos , Feminino , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Mortalidade Materna , Saúde da Mulher , Disparidades nos Níveis de Saúde , Saúde de Populações Indígenas , Morte Materna/estatística & dados numéricos , Brasil , Epidemiologia Descritiva , Sistemas de Informação em Saúde , Confiabilidade dos Dados , Povos Indígenas
11.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 35(supl.3): e00019219, 2019. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1019642

RESUMO

Resumo: O objetivo deste trabalho foi descrever as características, a distribuição e as taxas de mortalidade por suicídio entre crianças indígenas no Brasil, comparativamente as não indígenas. Realizou-se um estudo descritivo, compreendendo os anos de 2010 a 2014, utilizando dados dos sistemas nacionais de informação. Foram selecionados os óbitos de pessoas com idades de 10 a 14 anos, cuja causa básica foi classificada como "lesões autoprovocadas voluntariamente". O enforcamento foi o meio utilizado com mais frequência, tanto entre indígenas como entre não indígenas, embora tenha sido mais frequente no primeiro grupo. Entre indígenas, a ocorrência de suicídio em hospital ou outros estabelecimentos de saúde foi menor do que o observado entre os não indígenas. Aproximadamente, 3/4 dos suicídios entre crianças indígenas ocorreram em 17 municípios. A taxa de mortalidade por suicídio entre crianças indígenas foi de 11,0/100 mil (8,4-14,3), 18,5 (10,9-31,6) vezes maior do que a observada entre as não indígenas, 0,6/100 mil (0,5-0,6), sem diferenças entre meninos e meninas. Este trabalho evidenciou, pela primeira vez, em escala nacional, especificidades das características do suicídio indígena, suas elevadas taxas, bem como identificou ainda áreas prioritárias para intervenções.


Abstract: This study aimed to describe the characteristics, distribution, and mortality rates from suicide in indigenous children in Brazil compared to non-indigenous children. This descriptive study covered the years from 2010 to 2014, using national databases. The study collected deaths in individuals 10 to 14 years of age whose underlying cause was "inentional self-inflicted injury". Hanging was the most frequently used means in both indigenous and non-indigenous children, although it was more frequent in the former. Among indigenous children, suicides in hospitals or other healthcare establishments were less common than in non-indigenous. Approximately three-fourths of suicides in indigenous children occurred in just 17 municipalities. The mortality rate from suicide among indigenous children was 11.0/100,000 (8.4-14.3), or 18.5 times higher (10.9-31.6) than in non-indigenous, which was 0.6/100,000 (0.5-0.6), with no differences between boys and girls. This study showed for the first time on a national scale the specific characteristics of suicide in indigenous children, with high rates, and also identified priority areas for interventions.


Resumen: El objetivo de este trabajo fue describir las características, distribución y tasas de mortalidad por suicidio entre niños indígenas en Brasil, en comparación con los no indígenas. Se realizó un estudio descriptivo, desde el año 2010 hasta el 2014, utilizando datos de los sistemas nacionales de información. Se seleccionaron los fallecimientos de personas con edades comprendidas de 10 a 14 años, cuya causa básica de fallecimiento se clasificó como "lesiones auto provocadas voluntariamente". El ahorcamiento fue el medio utilizado con más frecuencia, tanto entre indígenas como entre no indígenas, aunque haya sido más frecuente en el primer grupo. Entre indígenas, la ocurrencia de suicidios en hospitales u otros establecimientos de salud fue menor de lo que se observó entre los no indígenas. Aproximadamente, 3/4 de los suicidios entre niños indígenas se produjeron en 17 municipios. La tasa de mortalidad por suicidio entre niños indígenas fue de 11,0/100 mil (8,4-14,3), 18,5 (10,9-31,6) veces mayor que la observada entre los no indígenas, 0,6/100 mil (0,5-0,6), sin diferencias entre niños y niñas. Este trabajo evidenció, por primera vez, en escala nacional, especificidades de las características del suicidio indígena, sus elevadas tasas, así como, incluso, se identificaron áreas prioritarias para intervenciones.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Criança , Adolescente , Suicídio/estatística & dados numéricos , Índios Sul-Americanos/estatística & dados numéricos , Mortalidade da Criança/etnologia , Suicídio/etnologia , Suicídio/psicologia , Brasil/epidemiologia , Características de Residência/estatística & dados numéricos , Fatores Sexuais , Comparação Transcultural , Fatores de Risco , Causas de Morte , Cidades/estatística & dados numéricos
12.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 35(supl.3): e00058518, 2019. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1019645

RESUMO

Resumo: Objetivou-se analisar a presença dos serviços de saneamento básico em domicílios com crianças de até cinco anos de idade, localizados em áreas urbanas do Brasil, com foco nos indígenas. Trata-se de um estudo transversal com base na amostra do Censo Demográfico de 2010. Calcularam-se as frequências de domicílios com abastecimento de água (rede geral), esgotamento sanitário (rede geral ou fossa séptica) e coleta de lixo (diretamente ou por caçamba do serviço público de limpeza). Modelos de regressão logística múltipla (RLM) estimaram a associação entre cor/raça e presença dos serviços por meio das razões de chance (RC). Foram consideradas as áreas urbanas e regiões metropolitanas do país, estratificando os resultados por região. Utilizou-se nível de significância de 5%. As menores frequências foram encontradas para esgotamento sanitário e, em geral, para os indígenas. Nas análises de RLM foram 29 comparações (48,3%) em que os domicílios com crianças indígenas, quando comparados às outras categorias de cor/raça, encontram-se em desvantagem, em especial no Sul, onde todas as comparações foram negativas para os indígenas. Resultados semelhantes foram encontrados para as regiões metropolitanas. Nesse sentido, os resultados coligidos por este trabalho sugerem a possível existência de iniquidades relacionadas à presença dos serviços de saneamento básico e cor/raça dos indivíduos, em que os indígenas, em geral, ocupam posição de desvantagem, particularmente no Sul do país. Diante da relação entre saneamento e saúde já estabelecida na literatura, esses resultados podem explicar, em parte, os baixos níveis de saúde apresentados por crianças indígenas no Brasil.


Abstract: This study aimed to analyze the presence of basic sanitation services in households with children under five years of age located in urban areas of Brazil, with a focus on indigenous children. This cross-sectional study was based on data from the 2010 Population Census. We calculated the rates of households with running water (public system), sewage disposal (public system or septic tanks), and garbage collection (directly or via public dumpsters). Multiple logistic regression (MLR) models were used to estimate associations between color/race and presence of sanitation services, based on odds ratios (OR). The study considered Brazil's urban metropolitan areas and stratified the results by major geographic region. Significance was set at 5%. The lowest frequencies were for sewage disposal, and all the rates were lower for indigenous people. MLR analyses included 29 comparisons (48.3%) in which households with indigenous children (compared to other color/race categories) were at a disadvantage, especially in the South of Brazil, where all comparisons were negative for indigenous households. Similar results appeared in metropolitan areas. The results thus suggest inequalities basic sanitation services based on color/race, where indigenous people are generally at a disadvantage, especially in the South of Brazil. Given the relationship between sanitation and health, as already demonstrated in the literature, these results can partly explain the low health levels in indigenous children in Brazil.


Resumen: El objetivo de este trabajo fue analizar la presencia de servicios de saneamiento básico en domicilios con niños de hasta cinco años de edad, localizados en áreas urbanas de Brasil, enfocándose en los de origen indígena. Se trata de un estudio transversal, basado en la muestra del Censo Demográfico de 2010. Se calcularon las frecuencias de domicilios con abastecimiento de agua (red general), alcantarillado (red general o fosa séptica) y recogida de basura (directamente o mediante camiones de basura del servicio público de limpieza). Los modelos de regresión logística múltiple (RLM) estimaron la asociación entre color/raza, y la presencia de los servicios se realizó a través de las razones de oportunidad (RC). Se consideraron áreas urbanas y regiones metropolitanas del país, estratificando los resultados por región. Se utilizó un nivel de significancia del 5%. Las frecuencias menores se encontraron en el alcantarillado y, en general, respecto a los indígenas. En los análisis de RLM se realizaron 29 comparaciones (48,3%) en las que los domicilios con niños indígenas, cuando se comparan con otras categorías de color/raza, se encuentran en desventaja, en especial en el Sur, donde todas las comparaciones fueron negativas en relación con los indígenas. Resultados semejantes se encontraron respecto a las regiones metropolitanas. En ese sentido, los resultados recopilados por este estudio sugieren la posible existencia de inequidades relacionadas con la presencia de los servicios de saneamiento básico y color/raza de los individuos, donde los indígenas, en general, ocupan una posición de desventaja, particularmente en el Sur del país. Ante la relación entre saneamiento y salud, ya establecidos en la literatura, estos resultados pueden explicar, en parte, los bajos niveles de salud presentados por niños indígenas en Brasil.


Assuntos
Humanos , Fatores Socioeconômicos , Índios Sul-Americanos , Saneamento/estatística & dados numéricos , Características da Família/etnologia , População Urbana/estatística & dados numéricos , Abastecimento de Água/estatística & dados numéricos , Brasil , Estudos Transversais , Censos
13.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 35(supl.3): e00006119, 2019. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1019646

RESUMO

Resumo: As investigações sobre os sistemas de classificação racial no Brasil evidenciam as influências de aspectos socioeconômicos na expressão das categorias de cor/raça, com destaque para brancos e negros. O objetivo deste trabalho foi analisar arranjos específicos formados entre pais, mães e filhos em que, pelo menos, um deles era indígena. Com base na amostra do Censo Demográfico de 2010, foram selecionados domicílios com pelo menos três moradores (pai, mãe e filhos), sendo, pelo menos, um indígena. Os filhos foram caracterizados segundo cor/raça (branca, parda e indígena), sexo, idade, renda domiciliar per capita, escolaridade das mães e número de moradores nos domicílios urbanos e rurais. Foram realizadas análises descritivas e regressão logística multinomial. Estimou-se um total de 290.247 filhos (77,1% indígenas, 13,8% pardos e 9,1% brancos), dos quais 74,3% residiam em domicílios rurais e 41,3% na Região Norte; filhos brancos e pardos estavam localizados majoritariamente em áreas urbanas. As chances de os filhos de pais ou mães indígenas terem sido classificados como brancos foram mais expressivas nas regiões Sudeste e Sul. Os filhos apresentaram maiores chances de serem classificados como brancos e pardos com o aumento do rendimento mensal e da escolaridade materna. Os achados demonstram como a posição socioeconômica está associada de forma significativa com os processos de classificação de cor/raça no Brasil, também nos segmentos indígenas da população.


Abstract: Studies on racial classification systems in Brazil reveal the influence of socioeconomic factors in the expression of color/race categories, especially for whites and blacks. The aim of this study was to analyze specific family arrangements between fathers, mothers, and children, at least one of whom was indigenous. Based on the sample from the 2010 Population Census, we selected households with at least three residents (father, mother, and children), at least one of whom was indigenous. Children were characterized according to color/race (white, brown, and indigenous), sex, age, per capita household income, maternal schooling, and number of urban and rural household residents. Descriptive and multinomial logistic regression analyses were performed. We estimated a total of 290.247 children (of whom 77.1% were classified as indigenous, 13.8% brown, and 9.1% white), 74.3% living in rural households and 41.3% in the North region of Brazil; children classified as white and brown were located mostly in urban areas. The odds of children of indigenous fathers or mothers being classified as white were higher in the Southeast and South. The odds of children being classified as white or brown increased proportionally with monthly income and maternal schooling. The findings show that socioeconomic status is significantly associated with color/race classification in Brazil, including in indigenous households.


Resumen: Las investigaciones sobre los sistemas de clasificación racial en Brasil evidencian las influencias de aspectos socioeconómicos en la expresión de las categorías de color/raza, destacando blancos y negros. El objetivo de este trabajo fue analizar núcleos específicos familiares formados por padres, madres e hijos donde, por lo menos, uno de ellos era indígena. A partir de la muestra del Censo Demográfico 2010, se seleccionaron domicilios con por lo menos tres residentes (padre, madre e hijos), siendo, por lo menos, uno indígena. Todos ellos fueron caracterizados según color/raza (blanca, mestiza e indígena), sexo, edad, renta domiciliaria per cápita, escolaridad de las madres y número de residentes en los domicilios urbanos y rurales. Se realizaron análisis descriptivos y una regresión logística multinomial. Se estimó un total de 290.247 hijos (77,1% indígenas, 13,8% mestizos y 9,1% blancos), de los cuales un 74,3% residían en domicilios rurales y 41,3% en la región norte; los hijos blancos y mestizos estaban localizados mayoritariamente en áreas urbanas. Las oportunidades de que los hijos de padres o madres indígenas hayan sido clasificados como blancos fueron más expresivas en las regiones del sudeste y sur. Los hijos presentaron mayores oportunidades de ser clasificados como blancos y mestizos con el aumento de la renta mensual, así como de la escolaridad materna. Los hallazgos demuestran como la posición socioeconómica se asocia de forma significativa con los procesos de clasificación de color/raza en Brasil, también en los segmentos indígenas de la población.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Lactente , Pré-Escolar , Criança , Adolescente , Índios Sul-Americanos/estatística & dados numéricos , Características da Família/etnologia , Censos , População Rural/estatística & dados numéricos , Fatores Socioeconômicos , População Urbana/estatística & dados numéricos , Brasil , Pigmentação da Pele , Escolaridade , Pai/classificação , Pai/estatística & dados numéricos , Fatores Raciais/classificação , Fatores Raciais/estatística & dados numéricos , Mães/estatística & dados numéricos
14.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 35(supl.3): e00073918, 2019. tab, graf
Artigo em Espanhol | LILACS | ID: biblio-1019647

RESUMO

El objetivo de este trabajo fue realizar una revisión de la situación de salud y nutrición del niño indígena chileno, específicamente del Mapuche, en lo publicado en las bases de datos de referencias bibliográficas y en investigaciones específicas que tienen base poblacional. Para este trabajo se buscó lo publicado en PubMed, LILACS, organismos nacionales e internacionales, durante los últimos 15 años. Desde el 2006 hasta el 2015 la proporción de pobres era mayor en los indígenas, con disminución de la brecha de 16% el 2006 a 7,7% el 2015 (p < 0,001). En la primera década de este siglo la mortalidad infantil en los niños indígenas tenía una tasa de 17,1/1.000 nacidos vivos, mientras en los no indígenas era de de 8,8/1.000 y, en el seguimiento de cinco años, la brecha se mantuvo (p < 0,001). Los recién nacidos con peso < 2,500g el año 2000 no superaban el 6% (5,6% en no indígenas y 5,2% en los indígenas). La talla baja al ingreso a la escuela era 8,4% en los escolares indígenas y 3,1% en los no indígenas, disminuyendo a 3,7 en los indígenas y 2,6% en los no indígenas el 2004, la obesidad en cambio aumentó más en los indígenas, llegando a 24,2 y 25,3% en los no indígenas (p < 0,001). La menarquia se presentó cuatro meses más tarde en las indígenas (12,7 años) y el índice de masa corporal, circunferencia de cintura y el porcentaje de grasa, fueron significativamente mayores en las indígenas en el momento de la telarquia, así como la frecuencia de exceso de peso (55% vs. 42% en las no indígenas). Los niños Mapuche presentan una condición de salud y nutrición favorable, comparada con los indígenas de otros países del continente, sin embargo, aun existe una brecha adversa -comparada con los no indígenas-, en que la desigualdad desfavorece al niño indígena y esta debe ser reconocida y corregida.


The aim of this study was to conduct a review of the health and nutritional status of Chilean indigenous children, specifically Mapuche children, as published in the literature and specific population-based studies. The searches were conducted in PubMed and LILACS in the last 15 years. From 2006 to 2015, the poverty rate was higher in the indigenous population, with a decrease in the gap from 16% in 2006 to 7.7% in 2015 (p < 0.001). In the first decade of this century, infant mortality in indigenous children was 17.1/1,000 live births, while in non-indigenous children it was 8.8/1,000, and the gap was maintained in the five-year follow-up (p < 0.001). Newborns with birthweight < 2,500g in the year 2000 did not reach 6% (5.6% in non-indigenous and 5.2% in indigenous children). Low height at first school enrollment was 8.4% in indigenous schoolchildren and 3.1% in non-indigenous children, decreasing to 3.7% in indigenous children and 2.6% in non-indigenous children in 2004, while obesity increased more in indigenous children, reaching 24.2% in indigenous and 25.3% in non-indigenous children (p < 0.001). Menarche appeared four months later on average in indigenous girls (12.7 years), and body mass index, waist circumference, and fat mass were significantly greater in indigenous girls at the time of thelarche, as was the overweight rate (55%, vs. 42% in non-indigenous). Mapuche children show favorable health and nutritional status compared to indigenous children elsewhere in Latin America, but there is still an adverse gap compared to non-indigenous Chilean children. This inequality affecting indigenous Chilean children should be acknowledged and corrected.


O objetivo deste trabalho foi realizar una revisão da situação da saúde e nutrição da criança indígena chilena, especificamente da Mapuche, nas publicações relacionadas em bases de dados de referências bibliográficas e em pesquisas específicas que têm base populacional. A pesquisa foi realizada em publicações relacionadas: PubMed, LILACS, organismos nacionais e internacionais, nos últimos 15 anos. Desde 2006 até 2015 a proporção de pobres era maior nos indígenas, com diminuição de uma diferença de 16% em 2006 a 7,7% em 2015 (p < 0.001). Na primeira década de este século a mortalidade infantil nas crianças indígenas teve una taxa de 17,1/1.000 nascidas vivas, enquanto nos não indígenas era de 8,8/1.000 e, em um acompanhamento de cinco anos, a diferença se manteve (p < 0,001). Os recém-nascidos com peso < 2.500g no ano de 2000 não superavam 6% (5,6% em não indígenas e 5,2% nos indígenas). A baixa estatura ao momento do ingresso na escola era 8,4% nos escolares indígenas e 3,1% nos não indígenas, diminuindo a 3,7 nos indígenas e 2,6% nos não indígenas em 2004, a obesidade pelo contrário teve um aumento maior nos indígenas, chegando a 24,2 e 25,3% nos não indígenas (p < 0,001). A menarca ocorreu quatro meses mais tarde nas indígenas (12,7 anos) e o índice de massa corporal, circunferência da cintura e a porcentagem da gordura, foram significativamente maiores nas indígenas no período da telarca, à semelhança da frequência do sobrepeso (55% vs. 42% nas não indígenas). As crianças Mapuche apresentam uma condição de saúde e nutrição favorável, comparada com os indígenas de outros países do continente, no entanto, ainda existe uma brecha adversa - comparada com os não indígenas - , onde a desigualdade desfavorece a criança indígena e por isso deve ser reconhecida e corrigida.


Assuntos
Humanos , Criança , Peso ao Nascer , Índios Sul-Americanos/estatística & dados numéricos , Estado Nutricional/etnologia , Grupos Populacionais/estatística & dados numéricos , Fatores Socioeconômicos , Estatura/etnologia , Peso Corporal/etnologia , Chile , Mortalidade da Criança/etnologia
15.
Rev. Fac. Nac. Salud Pública ; 36(1): 55-65, ene.-abr. 2018. tab
Artigo em Espanhol | LILACS | ID: biblio-957196

RESUMO

Resumen El suicidio es causa frecuente de muerte en el mundo, su expresión en los pueblos indígenas es un problema de salud pública dadas las tasas de suicidio más altas en ellos que en población general afectando preferentemente a hombres jóvenes, de bajo nivel socioeconómicos, desempleados, y consumidores de sustancias. Dada la magnitud del problema y el impacto sobre pueblos originarios incluso en peligro de extinción, se buscó ampliar las comprensiones sobre el tema, posibilitando plantear investigaciones e intervenciones apropiadas que ayuden en la solución. Objetivo: Analizar el suicidio consumado por población indígena, desde la determinación social de la salud. Metodología: Se realizó un estado del arte sobre suicidio en pueblos indígenas, período 1993 - 2013; 57 artículos fueron seleccionados por su calidad y pertinencia, y analizados a la luz de la determinación social en salud. Resultados: Se delinearon las matrices de procesos críticos que describen procesos protectores y destructivos alrededor del suicidio en pueblos indígenas. Conclusión: El enfoque empleado permitió identificar condiciones estructurales de violencia que impactan el bienestar de los indígenas y son partícipes principales en el fenómeno del suicidio consumado en estos pueblos.


Abstract Introduction: Suicide is a common cause of death in the world. Its expression in indigenous populations is a public health problem due to the fact that suicide rates are higher among them than in the general population, preferably affecting low income, unemployed young men who are involved in substance abuse. The magnitude of the problem and its impact on the original populations, even in danger of extinction, allowed the study to expand its comprehension regarding the subject matter, and propose research studies and suitable interventions that can lead to possible solutions. Objective: Annalise completed suicide in indigenous populations based on a social health determination. Methodology: The study conducted a review of the state-of-the-art regarding suicide in indigenous populations from 1993 to 2013; 57 articles were selected because of their quality and pertinence, and they were analyzed in the light of social health determinations. Results: Critical process matrixes where outlined which describe protective destructive processes surrounding suicide in indigenous populations. Conclusion: The approach used in this study allowed the identification of structural conditions of violence that affect indigenous people's well-being, who are the main participators in completed suicide in these populations.


Resumo Introdução: O suicídio é uma causa frequente de morte no mundo, sua expressão nos povos indígenas é um problema de saúde pública, porque as taxas de suicídio são mais altas neles do que na população em geral, afetando principalmente os homens jovens de baixo nível. Socioeconômicos, desempregados e utentes de substâncias. A magnitude do problema e o impacto sobre os povos nativos, incluindo aqueles em perigo de extinção, nos permitiu ampliar nossa compreensão sobre o assunto e propor pesquisas e intervenções apropriadas para orientar possíveis soluções. Objetivo: Analisar o suicídio consumado pela população indígena, a partir da determinação social da saúde. Metodologia: Uma revisão do estado da arte sobre o suicídio em povos indígenas foi realizada entre 1993 e 2013; 57 artigos foram selecionados por sua qualidade e relevância, e analisados à luz da determinação social em saúde. Resultados: Matrizes de processos críticos que descrevem processos protetores e destrutivos em torno do suicídio em povos indígenas foram delineados. Conclusão: O enfoque empregado permitiu identificar condições estruturais de violência que impactam o bem-estar dos indígenas, partícipes principais no fenómeno do suicídio consumado nestes povos.

16.
Arq. bras. cardiol ; 110(3): 240-245, Mar. 2018. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-888042

RESUMO

Abstract Background: The cardiovascular risk burden among diverse indigenous populations is not totally known and may be influenced by lifestyle changes related to the urbanization process. Objectives: To investigate the cardiovascular (CV) mortality profile of indigenous populations during a rapid urbanization process largely influenced by governmental infrastructure interventions in Northeast Brazil. Methods: We assessed the mortality of indigenous populations (≥ 30 y/o) from 2007 to 2011 in Northeast Brazil (Bahia and Pernambuco states). Cardiovascular mortality was considered if the cause of death was in the ICD-10 CV disease group or if registered as sudden death. The indigenous populations were then divided into two groups according to the degree of urbanization based on anthropological criteria:9,10 Group 1 - less urbanized tribes (Funi-ô, Pankararu, Kiriri, and Pankararé); and Group 2 - more urbanized tribes (Tuxá, Truká, and Tumbalalá). Mortality rates of highly urbanized cities (Petrolina and Juazeiro) in the proximity of indigenous areas were also evaluated. The analysis explored trends in the percentage of CV mortality for each studied population. Statistical significance was established for p value < 0.05. Results: There were 1,333 indigenous deaths in tribes of Bahia and Pernambuco (2007-2011): 281 in Group 1 (1.8% of the 2012 group population) and 73 in Group 2 (3.7% of the 2012 group population), CV mortality of 24% and 37%, respectively (p = 0.02). In 2007-2009, there were 133 deaths in Group 1 and 44 in Group 2, CV mortality of 23% and 34%, respectively. In 2009-2010, there were 148 deaths in Group 1 and 29 in Group 2, CV mortality of 25% and 41%, respectively. Conclusions: Urbanization appears to influence increases in CV mortality of indigenous peoples living in traditional tribes. Lifestyle and environmental changes due to urbanization added to suboptimal health care may increase CV risk in this population.


Resumo Fundamento: O risco cardiovascular das diversas comunidades indígenas não está bem estabelecido e pode ser influenciado pelo processo de urbanização a que se submetem esses povos. Objetivos: Investigar o perfil da mortalidade cardiovascular (CV) das populações indígenas durante o rápido processo de urbanização altamente influenciado por intervenções governamentais de infraestrutura no Nordeste do Brasil. Métodos: Avaliamos a mortalidade de populações indígenas (≥ 30 anos) do Vale do São Francisco (Bahia e Pernambuco) no período de 2007-2011. Considerou-se mortalidade CV se a causa de morte constasse no grupo de doenças CV do CID-10 ou se tivesse sido registrada como morte súbita. As populações indígenas foram divididas em dois grupos conforme o grau de urbanização baseado em critérios antropológicos: Grupo 1 - menos urbanizadas (Funi-ô, Pankararu, Kiriri e Pankararé); e Grupo 2 - mais urbanizadas (Tuxá, Truká e Tumbalalá). Taxas de mortalidade de cidades altamente urbanizadas (Petrolina e Juazeiro) nas proximidades das áreas indígenas foram também avaliadas. A análise explorou tendências na porcentagem de mortalidade CV para cada população estudada. Adotou-se o valor de p < 0,05 como significância estatística. Resultados: Houve 1.333 mortes indígenas nas tribos da Bahia e de Pernambuco (2007-2011): 281 no Grupo 1 (1,8% da população de 2012) e 73 no Grupo 2 (3,7% da população de 2012), mortalidade CV de 24% e 37%, respectivamente (p = 0,02). Entre 2007 e 2009, houve 133 mortes no Grupo 1 e 44 no Grupo 2, mortalidade CV de 23% e 34%, respectivamente. Entre 2009 e 2010, houve 148 mortes no Grupo 1 e 29 no Grupo 2, mortalidade CV de 25% e 41%, respectivamente. Conclusões: A urbanização parece influenciar os aumentos de mortalidade CV dos povos indígenas vivendo de modo tradicional. Mudanças no estilo de vida e ambientais devidas à urbanização somadas à subótima atenção à saúde podem estar implicadas no aumento do risco CV nos povos indígenas.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Urbanização/tendências , Doenças Cardiovasculares/etnologia , Doenças Cardiovasculares/mortalidade , Índios Sul-Americanos/estatística & dados numéricos , Fatores de Tempo , População Urbana/tendências , População Urbana/estatística & dados numéricos , Brasil/etnologia , Fatores de Risco , Causas de Morte , Distribuição por Idade , Estilo de Vida
18.
Belo Horizonte; s.n; 2018. 72 p. tab, mapa, ilus.
Tese em Português | LILACS, BDENF | ID: biblio-981690

RESUMO

Introdução: As doenças cardiovasculares são as principais causas de morbimortalidade em todo o mundo. Nas populações indígenas, no decorrer dos últimos anos, a ocorrência destas doenças tem aumentado consideravelmente. Alterações nos hábitos de vida e no padrão alimentar, bem como a proximidade das áreas indígenas de áreas urbanas, têm contribuído para este cenário. Objetivo: Analisar o risco de doenças cardiovasculares em Indígenas Krenak do Estado de Minas Gerais. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo de delineamento transversal, descritivo, desenvolvido com os indígenas das aldeias Krenak do Estado de Minas Gerais. Participaram deste estudo 117 indígenas com idades entre 30 e 74 anos, de ambos os sexos. A coleta de dados foi realizada no período de agosto de 2016 a abril de 2017. As variáveis sociodemográficas e de hábitos de vida, alimentares e de problemas de saúde foram coletadas a partir de questionário padronizado aplicado por meio de entrevista face-a-face realizada com todos os participantes do estudo. Para as variáveis antropométricas, bioquímicas e de pressão arterial foram realizadas medidas de estatura, peso, perímetro da cintura, glicemia capilar e pressão arterial. As estimativas de risco cardiovascular em 10 anos, risco cardiovascular ótimo, risco cardiovascular normal e idade cardiovascular foram realizadas por meio de equações propostas pelo estudo de Framingham. Resultados: Dos 117 indígenas que participaram do estudo, 58 eram do sexo masculino e 59 do sexo feminino. Deste total, 82% apresentavam idade entre 30 a 49 anos, 6% não possuíam escolaridade, 83,7% eram inativos ou insuficientemente ativos e 52,4% passavam mais de 3 horas em frente à TV. O consumo pesado de álcool foi relatado por 10,3% dos participantes, e o tabagismo, por 14,4%. O consumo de carne gordurosa foi indicado por 59%, e 52,1% acrescentam sal na comida. O consumo regular de refrigerante foi relatado por 35,9% dos indígenas, enquanto a ingestão de frutas e hortaliças regularmente foi de 18% e 31%, respectivamente. A prevalência de hipertensão arterial foi de 57,3% entre os participantes do estudo, e de hiperglicemia, 20,5%. O perímetro da cintura aumentado ou muito aumentado foi encontrado em 67% dos indígenas e as prevalências de sobrepeso e de obesidade foram de 38,5% e 41%, respectivamente. O escore de risco cardiovascular estimado em 10 anos para os indígenas Krenak foi predominantemente baixo (75,2%), sendo os riscos moderado e alto de 16,2% e 8,6%, respectivamente. Porém, ao se comparar este parâmetro com os riscos cardiovasculares normal e ótimo, 79,5% dos indígenas apresentam risco cardiovascular estimado superior ao normal, e 94,9% apresentam risco cardiovascular estimado superior ao ótimo. Ademais, 79,5% dos participantes apresentaram idade cardiovascular estimada superior à idade cronológica. Conclusão: Apesar do risco cardiovascular em 10 anos ser predominante baixo entre os Krenak, seu perfil sedentário, com hábitos alimentares nocivos à saúde e alto percentual de sobrepeso, obesidade, hipertensão arterial e hiperglicemia poderão favorecer o aumento deste risco ao longo do tempo e, consequentemente, o surgimento de doenças cardiovasculares. Portanto, estratégias de promoção da saúde e de prevenção de doenças podem ser utilizadas junto aos indígenas Krenak, priorizando-se as ações de educação em saúde, visto se tratar de uma população jovem e escolarizada.(AU)


Introduction: Cardiovascular diseases are the main causes of morbidity and mortality worldwide. In the last few years, the occurrence of these diseases has increased considerably among indigenous populations. Changes in the life habits and the food patterns, as well as the proximity of the tribes to urban areas, have contributed to this scenario. Objective: To analyze the risk of cardiovascular diseases in Krenak Indigenous people of the State of Minas Gerais, Brazil. Materials and Methods: This is a cross-sectional, descriptive study, developed with the indigenous people of the Krenak villages of the State of Minas Gerais. One hundred and seventeen indigenous people aged between 30 and 74 years, of both sexes, participated in this study. Data collection was done from August 2016 to April 2017. Sociodemographic variables and life and eating habits and health problems were evaluated using a standardized questionnaire through face-to-face interviews conducted with participants. Measures of height, weight, waist circumference, capillary glycemia, and arterial pressure were carried out for the anthropometric, biochemical and arterial pressure variables. The estimates for ten-year cardiovascular risk, optimal cardiovascular risk, normal cardiovascular risk, and cardiovascular age were calculated using equations proposed by the Framingham study. Results: Of the 117 indigenous who participated in the study, 58 of them were males and 59 of them were females. Of these, 82% of them were age 30 and 49 years, 6% of them had no educational background, 83,7% of them were inactive or insufficiently active, and 52,4% of them spend more than 3 hours in front of the TV. Heavy alcohol consumption was reported by 10,3% of the participants, and smoking, by 14.4%. Fatty meat consumption was indicated by 59% of the subjects, and 52.1% added salt to the meals. Regular consumption of sodas was reported by 35.9% of the indigenous people, while regular ingestion of fruits and vegetables was reported 18% and 31% of them, respectively. Prevalence of arterial hypertension was found in 57.3% of the study participants, while hyperglycemia was observed in 20.5% of them. An increased or greatly increased waist circumference was found in 67% of the indigenous people and the prevalence of overweight and obesity were found in 38.5% and 41%, respectively. The ten-year estimated cardiovascular risk score for the Krenak indigenous people was predominantly low (75.2%), while moderate and high risks were estimated at 16.2% and 8.6%, respectively. However, when this parameter was compared to normal and optimal cardiovascular risks, 79.5% of the indigenous people presented estimated cardiovascular risk higher than normal, and 94.9% of them present estimated cardiovascular higher than optimal. Moreover, 79.5% of the participants presented estimated cardiovascular age over chronological age. Conclusion: Although the ten-year cardiovascular risk is predominantly low among the Krenak, their sedentary profile, with eating habits harmful to health and high percentage of overweight, obesity, arterial hypertension, and hyperglycemia may favor an increase in this risk over time and result in cardiovascular diseases. Thus, strategies to promote health and prevent diseases may be used with the Krenak indigenous people, prioritizing health education actions, since they are a young and schooled population.(AU)


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Doenças Cardiovasculares/epidemiologia , Fatores de Risco , Povos Indígenas , Brasil , Inquéritos e Questionários , Dissertação Acadêmica
19.
Rev. panam. salud pública ; 42: e29, 2018. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-961752

RESUMO

ABSTRACT Objective To estimate the association between stature in Mexican adults and some sociodemographic factors. Methods We studied a sample of 30 970 subjects, using anthropometric data from the 2012 National Health and Nutrition Survey (ENSANUT 2012). The first quartile was used as the cutoff to define short stature. We analyzed differences among stature strata for sociodemographic variables by using the Kruskal-Wallis test. We estimated odds ratios to measure the association between stature and sociodemographic variables, controlling for potential confounders. Results Persons from the southern region of the country were some three times as likely to be of short stature than were subjects in the northern region. The stature difference between the Mexican states with the highest and the lowest average stature was larger than the average difference in stature between Mexico and the United States of America. Adults who had had less than six years of schooling presented the highest prevalence of short stature, regardless of sex, region of the country, place of residence (rural or urban), or the proportion of indigenous language speakers in a state. In addition, the stratum with the highest marginalization (percentage of the population lacking education and services, with a low income, and living in a small community) showed the highest prevalence of short stature. Conclusion In Mexico, adults who are of short stature have unequal living conditions when compared to those of average or high stature, and this could drive increases in health inequity.


RESUMEN Objetivo Establecer la asociación entre la estatura de los mexicanos adultos y algunos factores sociodemográficos. Métodos Sobre la base de datos antropométricos de la Encuesta Nacional de Salud y Nutrición de 2012 (ENSANUT 2012), estudiamos una muestra de 30 970 sujetos. Para definir la estatura baja, el umbral se estableció en el primer cuartil. Analizamos las diferencias entre los distintos estratos de estatura en relación con variables sociodemográficas utilizando la prueba de Kruskal-Wallis. Calculamos las razones de posibilidades para medir la asociación entre la estatura y las variables sociodemográficas, con control de posibles factores de confusión. Resultados Las personas de la zona meridional del país tenían alrededor de tres veces más probabilidades de ser de estatura baja que las personas de la zona septentrional. La diferencia entre los estados mexicanos con la estatura promedio más alta y la estatura promedio más baja fue mayor que la diferencia promedio respecto de la estatura entre México y los Estados Unidos de América. La prevalencia más alta de estatura baja se registró en los adultos con menos de seis años de escolaridad, independientemente del sexo, la zona del país, el lugar de residencia (rural o urbano) y la proporción de hablantes de lenguas indígenas en un estado. Además, la prevalencia más alta de estatura baja se observó en el estrato de población más marginada (porcentaje de habitantes sin escolaridad ni servicios, con ingresos bajos y que vivían una comunidad pequeña). Conclusiones En México, las condiciones de vida de los adultos de estatura baja son más desfavorables que las de los adultos de estatura media o alta, y esto podría contribuir a aumentar la inequidad en materia de salud.


RESUMO Objetivo Estimar a associação entre a estatura em adultos mexicanos e fatores sociodemográficos. Métodos Foi estudada uma amostra de 30.970 indivíduos com base em dados antropométricos obtidos da Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutrição de 2012 (ENSANUT 2012). O primeiro quartil foi usado como valor de corte para definir baixa estatura. Foram analisadas as diferenças entre os estratos de estatura para as variáveis sociodemográficas com o uso do teste de Kruskal- Wallis. Foram estimados os odds ratios para medir a associação entre a estatura e as variáveis sociodemográficas, controlando-se os potenciais fatores de confusão. Resultados Os indivíduos da região sul do país apresentaram uma chance quase três vezes maior de ter baixa estatura em comparação aos indivíduos da região norte. A diferença de estatura entre os estados mexicanos com a estatura média maior e a estatura média menor foi maior que a diferença média em estatura entre o México e os Estados Unidos. Os adultos com menos de seis anos de escolaridade apresentaram a prevalência mais elevada de baixa estatura, independentemente do sexo, região do país, zona de residência (rural ou urbana) ou proporção de falantes de línguas indígenas em um estado. Além disso, o estrato com maior marginação (porcentagem de habitantes com carência de educação e serviços, de baixa renda e vivendo em uma pequena comunidade) apresentou a prevalência mais elevada de baixa estatura. Conclusão No México, os adultos com baixa estatura têm condições de vida desiguais comparados aos adultos com estatura média ou alta, contribuindo para maior iniquidade em saúde.


Assuntos
Humanos , Fatores Socioeconômicos , Estatura , Adulto , Grupos Populacionais , México
20.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-978862

RESUMO

RESUMO No Brasil, o direito à saúde pleiteado pelos povos indígenas dialoga com diferentes marcos regulatórios, incluindo a Declaração de Alma-Ata, a qual propõe e valoriza a atenção primária à saúde (APS) como promotora de maior acesso e forma de minimizar as desigualdades em saúde. No âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), o subsistema de atenção à saúde indígena (SASI) e a Política de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas (PNASPI) foram criados como estratégia para garantir o acesso à saúde aos povos indígenas. A PNASPI prevê atenção diferenciada às populações indígenas com base na diversidade sociocultural e nas particularidades epidemiológicas e logísticas desses povos e focando no desenvolvimento da APS com garantia de integralidade da assistência. O presente artigo traz reflexões acerca da implementação da PNASPI, destacando os avanços e desafios apresentados durante esse percurso. Apesar dos crescentes recursos financeiros disponibilizados para implementar o subsistema de saúde indígena, as ações têm apresentado poucos resultados nos indicadores de saúde, que refletem desigualdades historicamente descritas entre esses povos e os demais segmentos. A participação social ainda se mantém frágil, e suas discussões refletem a insatisfação dos usuários. A descontinuidade do cuidado somada à carência e alta rotatividade de profissionais, assim como a necessidade de estabelecer diálogos interculturais que promovam a articulação com saberes tradicionais, são fatores que desafiam a efetividade da PNASPI. O cuidado ainda é centrado em práticas paliativas e emergenciais, geralmente baseado na remoção de pacientes, gerando altos custos. A superação desses desafios depende do fortalecimento da APS e de seu reconhecimento enquanto importante marco regulador do modelo organizacional da PNASPI.


ABSTRACT In Brazil, the right to health claimed by indigenous peoples interacts with various regulatory milestones, including the Alma-Ata Declaration, which proposes and highlights primary health care (PHC) as a means to increase access and minimize health inequalities. As part of the Brazilian Unified Health System (SUS), an indigenous health subsystem (SASI) was established, along with a National Policy for the Care of Indigenous Peoples (PNASPI), as a strategy to ensure health care access for these populations. PNASPI aims to provide differentiated health care to indigenous populations, considering the sociocultural diversity and the epidemiological and logistic peculiarities associated with the care of these peoples and focusing on the provision of comprehensive care. The present article discusses the implementation of PNASPI, highlighting achievements and challenges faced during this process. Despite the growing financial resources made available for the implementation of the indigenous health subsystem, the initiatives developed thus far have had little impact on health indicators, which reflect historical inequalities in relation to other population segments. Indigenous social control is still fragile, and the discussions in this arena show the dissatisfaction of users toward the system. The discontinuity of care, added to the shortage of and high turnover of health care workers and the need to establish intercultural dialogues that promote articulation with traditional knowledges, challenge the effectiveness of PNASPI. Care is still centered on palliative and emergency measures, usually based on relocation of patients for treatment, which is associated with high cost. To overcome these challenges, PHC must be strengthened and recognized as a regulatory milestone by the PNASPI organizational model.


RESUMEN En Brasil, el derecho a la salud reclamado por los pueblos indígenas interactúa con varios marcos regulatorios, incluida la Declaración de Alma-Ata, que propone y destaca la atención primaria de salud (APS) como un medio para aumentar el acceso a la salud y minimizar las desigualdades en materia de salud. Como parte del Sistema Único de Salud de Brasil (SUS), se crearon el subsistema de salud indígena (SASI)y la Política Nacional de Atención de Salud de los Pueblos Indígenas (PNASPI), como estrategias para garantizar el acceso a la atención médica de estas poblaciones. La Política tiene como objetivo brindar atención de salud diferenciada a las poblaciones indígenas, considerando la diversidad sociocultural y las peculiaridades epidemiológicas y logísticas asociadas con la atención de estos pueblos y centrándose en dispensar una atención integral basada en la APS. En este artículo se discute la implementación de la Política, y se destacan los logros y desafíos enfrentados durante este proceso. A pesar de los crecientes recursos financieros disponibles para la implementación del subsistema de salud indígena, las iniciativas desarrolladas hasta ahora han tenido escaso impacto en los indicadores de salud, que reflejan desigualdades históricas en relación con otros segmentos de la población. La participación social aún es débil, y las discusiones en este campo revelan la insatisfacción de los usuarios con el sistema. La falta de continuidad de la atención, sumada a la escasez y alta rotación de los trabajadores de la salud, así como la necesidad de establecer diálogos interculturales que promuevan la articulación con los conocimientos tradicionales, cuestionan la efectividad de la Política. La atención aún se centra en prácticas paliativas y de emergencia, generalmente basadas en la reubicación de los pacientes para tratamiento, lo que se asocia con un alto costo. La superación de estos desafíos depende del fortalecimiento de la APS y de su reconocimiento como marco regulador importante del modelo organizativo de la Política.


Assuntos
Atenção Primária à Saúde , Grupos Populacionais , Saúde de Populações Indígenas , Brasil
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA